A inteligência artificial (IA) é frequentemente exaltada como solução definitiva para os desafios empresariais modernos.

No entanto, a realidade é que, sem a intervenção humana, essas ferramentas são tão eficazes quanto um carro sem motorista. As empresas que realmente colhem os frutos da IA são aquelas que confirmam a necessidade de uma base de dados organizada e atualizada, mantida por pessoas.

Um exemplo claro é a BACA Systems, que desenvolve robôs industriais para corte de pedras. Ao implementar um chatbot de atendimento ao cliente baseado em IA, percebeu-se que alimentar o sistema com manuais de 400 páginas não era eficaz. Uma solução? Uma equipe humana dedicada a revisar e segmentar esses manuais em artigos específicos, resultando em respostas mais precisas e úteis para os clientes.

O Bank of Queensland, na Austrália, lançou um desafio semelhante. Para cumprir novas regulamentações, será necessário analisar milhões de contratos em busca de cláusulas abusivas. Utilizando ferramentas de IA da Microsoft, será possível criar um agente personalizado para essa tarefa. Contudo, o sucesso depende de uma base de conhecimento bem estruturada, mantida por profissionais complexos.

Esses casos ilustram que a eficácia da IA está intrinsecamente ligada à qualidade dos dados fornecidos por humanos. Sem essa colaboração, a IA não passará de uma promessa vazia. Portanto, as empresas que desejam aproveitar o potencial da IA devem investir não apenas em tecnologia, mas também em equipes capacitadas para alimentação com informações precisas e relevantes.

A lição é clara: a verdadeira arma secreta para obter resultados com a IA são as pessoas por trás dela.

Eu sou uma entusiasta declarada das IAs. Acho incrível como elas podem melhorar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência operacional (inclusive, utilizo algumas no meu dia a dia). Mas vamos deixar algo bem claro: IA sozinha não faz milagre.

Toda máquina inteligente precisa de uma mente humana por trás, guiando, corrigindo e, principalmente, alimentando com os dados certos. Já vi muita empresa gastar fortunas com ferramentas de ponta e fracassar miseravelmente porque ignorou essa premissa básica. Se você não tem pessoas preparadas para ensinar a IA, ela se transforma em um peso morto. Eu acredito na combinação poderosa de “máquina + humano” — e é aí que mora o verdadeiro salto de performance.

Concorda?